31 de jul. de 2014

Laudo do IML diz que bebê morreu após ser espancado, em Iporá, GO

Com a divulgação, polícia decidiu indiciar a mãe e o padrasto por homicídio.
Homem afirmou que enteada havia morrido após cair de tanque durante banho.


O Instituto Médico Legal (IML) divulgou um laudo nesta quinta-feira (31) afirmando que o bebê de 1 ano e 11 meses que, segundo seu padrasto, teria morrido após cair de um tanque enquanto tomava banho, na verdade foi vítima de espancamento. O caso ocorreu há cinco dias, em  Iporá, na região oeste de Goiás. Após ser atendida em uma unidade de saúde da cidade, a criança foi transferida para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) com diversos hematomas pelo corpo, além de afundamento craniano e não resistiu aos ferimentos.
Segundo a polícia, após a divulgação do documento, o padrasto da criança, de 18 anos, e a mãe, uma menor de 16, que até então sustentavam a mesma versão de que a criança morreu após o acidente doméstico, começaram a trocar acusações. “Depois de ser inquirido novamente, o padrasto disse que não foi acidente, que na verdade todas as lesões foram provocadas pela mãe da criança. Já a mãe afirma que não estava em casa no momento do fato e que não é responsável por nenhuma das agressões”, disse Ainda de acordo com o delegado, os dois serão indiciados por homicídio doloso qualificado. Avelino afirma que, pelos laudos, ficou comprovado que o crime aconteceu por motivo banal e a ação impediu a defesa da vítima. A pena para esse crime é de até 30 anos de prisão.
O padrasto, confome o delegado, já está detido no presídio de Iporá. Já a mãe, por ser menor, está em liberdade. Porém, a polícia já enviou um pedido à Justiça para a adolescente seja internada provisoriamente.
Crime
O acidente ocorreu na manhã de sábado (26), na casa em que o padrasto morava com a mãe do bebê. De acordo com o depoimento inicial do suspeito, ele deixou a menina no tanque para pegar uma toalha para enxugá-la. “Ele conta que pegou a criança do chão, deixou ela brincar um pouco e depois a colocou para dormir. Quando a mãe chegou em casa, ela viu que a criança estava sonolenta, estranha e a levou para o hospital”, informou ao G1 o delegado que registrou o plantão, Ronaldo Leite.

hospital suspeito foge Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Criança foi transferida para o Hugo e morreu devido
aos ferimentos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Segundo a polícia, o médico plantonista desconfiou da história apresentada pela mãe do bebê e acionou a polícia. Devido à situação da menina, o padrasto foi preso em flagrante. O delegado o autuou por abandono de incapaz que resultou em lesão grave, pois, até então, a criança não havia morrido.
Com o agravamento do estado de saúde da menina, ela foi transferida para o Hugo, onde morreu.
Após a morte da menina, a avó materna registrou boletim de ocorrência no Posto Policial do Hugo. Ela disse aos agentes que um médico de Iporá a informou que as lesões da criança podiam ser decorrentes de espancamento.e ao G1 o delegado Victor Pereira Avelino.
Fonte: Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera. 2014. Disponível em: http://g1.globo.com/goias/noticia/2014/07/laudo-do-iml-diz-que-bebe-morreu-apos-ser-espancado-em-ipora-go.html. Acesso em: 31 jul. 2014. 

27 de jul. de 2014

Rubem Alves - “acima de tudo um grande defensor das crianças”

Adeus meu professor de sensibilidade!


"Sempre fui louco por jardins, uns acham que eu não acredito em Deus. Como não acreditar em Deus se há jardins? Um jardim é a face visível de Deus e essa face me basta".

"Vivi muito tempo no mundo acadêmico. O mundo acadêmico é um lugar perigoso, dá medo. É muito difícil viver na universidade e continuar a cultivar os próprios pensamentos. É muito mais seguro ficar moendo os pensamentos dos outros".

"Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para pássaros desaprenderem a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle, deixaram de ser pássaros porque a essência dos pássaros é o voo".

"A inteligência é igual a um pênis. Um órgão excretor, flácido, ridículo, depressivo, está sempre olhando para o chão. Mas se for provocado ele sofre transformações hidráulicas extraordinárias, assume a forma de um foguete intercontinental porque dá vida e prazer. A inteligência é a mesma coisa. Não é que o aluno não seja inteligente. É que o professor que não fez o trabalho de estimular esse órgão que se chama inteligência".

"A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo".
Rubem Alves
Fonte: Blog Educar sem Violência. Cida Alves. 2014. 

16 de jul. de 2014

Bater não educa ninguém! Práticas educativas parentais coercitivas e suas repercussões no contexto escolar - Naiana Dapieve Patias; Aline Cardoso Siqueira; Ana Cristina Garcia Dias


PlanetariodeSantaMaria
Divulgando o relevante trabalho das pesquisadoras Naiana Dapieve Patias, Aline Cardoso Siqueira e Ana Cristina Garcia Dias – Universidade Federal de Santa Maria

RESUMO

O objetivo deste artigo é refletir sobre os efeitos das práticas educativas coercitivas para o desenvolvimento da criança e do adolescente, buscando compreender sua influência no comportamento e na aprendizagem em ambiente escolar. A partir da análise assistemática de estudos sobre o tema, foi possível compreender que as estratégias coercitivas que se utilizam da força física para educar estão associadas a resultados negativos no desenvolvimento humano da criança e do adolescente, como comportamentos agressivos e baixa autoestima, constituindo-se em risco ao desenvolvimento saudável. Contudo, tais práticas são compartilhadas socialmente e consideradas naturais pelas famílias, não havendo, muitas vezes, o conhecimento de outras formas de educar. Sendo a escola um importante ambiente de interação das crianças, ela tem sido chamada a engajar-se nessa temática. Assim, discutem-se formas de instrumentalizar os profissionais da educação para a identificação dos casos de uso de estratégias coercitivas e violência física na educação dos filhos, como também ações preventivas junto aos estudantes e à comunidade. Para que o propósito seja alcançado, órgãos responsáveis pela defesa dos direitos da criança e psicólogo escolar poderão atuar juntamente com a escola, auxiliando-a nesse processo. O psicólogo pode trabalhar com os pais no sentido de apresentar formas de educar que não passem pela perspectiva da violência, prevenindo, assim, danos ao desenvolvimento e comportamentos que dificultam a aprendizagem. Fomentar reflexões sobre essa problemática fará com que os valores da educação sem violência tomem espaço nas famílias, contribuindo para que as crianças tornem-se adultos saudáveis no futuro.

Palavras-chave: Educação - Família - Escola - Prática coercitiva.

Acesse o artigo completo AQUI

Naiana Dapieve Patias - Especialista em Criança e Adolescente em Situação de Risco pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) e mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: naipatias@hotmail.com. Universidade Federal de Santa Maria

Aline Cardoso Siqueira - Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e docente do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). E-mail: alinecsiq@gmail.com. Universidade Federal de Santa Maria

Ana Cristina Garcia Dias - Doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP) e docente da Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Universidade Federal de Santa Maria

Foto do Planetário da Universidade Federal de Santa Maria (RS)