31 de jan. de 2013

Convenção sobre os Direitos da Criança


A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Convenção sobre os Direitos da Criança – Carta Magna para as crianças de todo o mundo – em 20 de novembro de 1989, e, no ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional.

A Convenção sobre os Direitos da Criança é o instrumento de direitos humanos mais aceito na história universal. Foi ratificado por 193 países. Somente dois países não ratificaram a Convenção: os Estados Unidos e a Somália - que sinalizaram sua intenção de ratificar a Convenção ao assinar formalmente o documento.

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Convenção sobre os Direitos da Criança

Adotada em Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de novembro de 1989

Preâmbulo

Os Estados Partes da presente Convenção

Considerando que, de acordo com os princípios proclamados na Carta das Nações Unidas, a liberdade, a justiça e a paz no mundo fundamentam-se no reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana;

Tendo em conta que os povos das Nações Unidas reafirmaram na Carta sua fé nos direitos fundamentais do homem e na dignidade e no valor da pessoa humana, e que decidiram promover o progresso social e a elevação do nível de vida com mais liberdade;

Reconhecendo que as Nações Unidas proclamaram e concordaram na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos pactos internacionais de direitos humanos que toda pessoa possui todos os direitos e liberdades neles enunciados, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra natureza, seja de origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição;
Recordando que na Declaração Universal dos Direitos Humanos as Nações Unidas proclamaram que a infância tem direito a cuidados e assistência especiais;

Convencidos de que a família, como grupo fundamental da sociedade e ambiente natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros, e em particular das crianças, deve receber a proteção e assistência necessárias a fim de poder assumir plenamente suas responsabilidades dentro da comunidade;
Reconhecendo que a criança, para o pleno e harmonioso desenvolvimento de sua personalidade, deve crescer no seio da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão;

Considerando que a criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na sociedade e deve ser educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade, igualdade e solidariedade;

Tendo em conta que a necessidade de proporcionar à criança uma proteção especial foi enunciada na Declaração de Genebra de 1924 sobre os Direitos da Criança e na Declaração dos Direitos da Criança adotada pela Assembléia Geral em 20 de novembro de 1959, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (em particular nos artigos 23 e 24), no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (em particular no artigo 10) e nos estatutos e instrumentos pertinentes das Agências Especializadas e das organizações internacionais que se interessam pelo bem-estar da criança;
Tendo em conta que, conforme assinalado na Declaração dos Direitos da Criança, "a criança, em virtude de sua falta maturidade física e mental, necessita de proteção e cuidados especiais, inclusive a devida proteção legal, tanto antes quanto após seu nascimento";

Lembrando o estabelecimento da Declaração sobre os Princípios Sociais e Jurídicos Relativos à Proteção e ao Bem-Estar das Crianças, especialmente com Referência à Adoção e à Colocação em Lares de Adoção, nos Planos Nacional e Internacional; as Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração da Justiça e da Juventude (Regras de Beijing); e a Declaração sobre a Proteção da Mulher e da Criança em Situação de Emergência ou do Conflito Armado;

Reconhecendo que em todos os países do mundo existem crianças vivendo sob condições excepcionalmente difíceis e que essas crianças necessitam consideração especial;

Tomando em devida conta a importância das tradições e os valores culturais de cada povo para a proteção e o desenvolvimento harmonioso da criança;

Reconhecendo a importância da cooperação internacional para a melhoria das condições de vida das crianças em todos os países em desenvolvimento;

Acordam o seguinte:

Fonte: http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10120.htm. Acesso em: 31 jan. 2013.

30 de jan. de 2013

Em defesa dos lobos



filhotes_de_lobos-normal

Estimado Leitor do blog EDUCAR SEM VIOLÊNCIA nesse domingo trago a voz de Ashey Montagu e a história real de uma criança para fazer a minha defensa dos lobos.

FILHOTE DE LOBOS

“O homem é o lobo do homem”, aqui jaz uma injustiça história que precisamos reparar. Injustiça que é fruto do antropomorfismo de certos cientistas que insistem em atribuir emoções humanas aos outros animais. É um grande equívoco responsabilizar a natureza, ou seja, a nossa herança animal pelas violências cometidas por nos humanos. A VIOLÊNCIA é uma construção humana, como também são a ÉTICA e a ESTÉTICA.
Em acordo com o pensamento do antropólogo Ashey Montagu (1978), eu acredito que os seres humanos possuem a capacidade de manifestar qualquer tipo de comportamento, não só o agressivo, “mas também bondade, crueldade, sensibilidade, egoísmo, nobreza, covardia, alegria etc. O comportamento agressivo é apenas mais um da longa lista (…)” (MONTAGU, 1978, p.11).

“Darwin o fez, Freud também, em The Origin of Species (A Origem das Espécies), menciona ‘a guerra da natureza’, e já que o homem era parte da natureza seria de se esperar que também fosse uma criatura belicosa. Freud, em Das Ubenhagen in der Kultur (O Mal-Estar na Cultura, 1930) referiu-se ao homem como o lobo do homem, cuja agressividade ‘se manifesta espontaneamente e revela os homens como feras selvagens para as quais o pensamento de poupar sua própria espécie é estranho’. Em cada ponto, em sua visão hobbesiana da natureza, quanto aos lobos, quanto à espontaneidade da agressividade, quanto aos selvagens e quanto às feras Freud está equivocado, profunda e abissalmente equivocado. Não existe guerra da natureza. Se existe uma lei da natureza, é a do equilíbrio entre a cooperação e o conflito, que leva a sociedades cooperativas estáveis” (MONTAGU, 1978, p.265).

Uma história real: o menino Marcos Rodrigues Pantoja (Espanha 1946) foi abandonado pelo pai e adotado por uma matilha de lobos


“Contrariamente ao que creem Freud e os leigos, os lobos não acatam outros lobos. A agressividade no homem e nos outros animais não é espontânea, mas necessita de algum estímulo externo para ser ativado. As feras não são selvagens, e os ‘selvagens’ raramente são tão selvagens quanto os acusam de ser. Numa época de escaladas da violência, tornou-se moda culpar nossos parentes animais por muitas coisas terríveis que nos fazemos mutuamente” (MONTAGU, 1978, p.266).



Trailer do filme "Entre lobos". Entre Lobos conta a história real de Marcos Rodrigues Pantoja, um garoto de 6 anos que foi vendido pelo seu pai por causa de umas cabras. Sua única alegria até esse momento era a amizade que tinha com seu irmão e seu maior sofrimento foi ser separado dele (Chorei feito uma louca). Ele vive um tempo em Sierra Morena acompanhado de um pastor idoso que lhe ensina a caçar e ter uma boa convivência com os animais que o cercam. Marcos é um garoto meigo e carente a ponto de achar se sentir melhor agora que vive com o pastor numa caverna do que no tempo em que conviveu com seus pais. O menino dizia que não passou um dia em que não apanhou da mãe, então era mais feliz vivendo com ele.




“O professor Adriaan Kortland, do Departamento de Zoologia da Universidade de Amsterdã, afirma sucintamente: ‘O objetivo da luta em muitas espécies não é tanto a luta em si, mas o estabelecimento de uma organização social que torne a luta supérflua’. Resumindo os fatos, o professor J. L. Cloudsley-Thompson afirma: ‘Os gestos ameaçadores e a exibição ritual quase sempre substituem a luta real. Desse modo, o conflito tende a se tornar ritualizado e adaptado, de forma que possa ser exercido sem danos para os rivais’. Finalmente, como o afirmam os professores Ueli Nagel e Hans Kummer, da Universidade de Zurique. ‘A agressividade nos animais é basicamente uma forma de competição e não de destruição’. O resultado fundamental do comportamento agressivo nos animais não é a morte, mas a cooperação, e seu valor principal de sobrevivência reside nisso’” (MONTAGU, 1978, p.79).

Uma ficção: a menina Misha, de sete anos de idade, começa uma viagem desesperada, para escapar dos nazistas e encontrar seus pais. Sozinha, traumatizada, terrivelmente vulnerável, sua salvação chega na forma de uma família de lobos, que a adotam.


A concepção de homem que adotamos influência diretamente nossas escolhas e decisões, afetando assim o futuro de nossas crianças e de nosso mundo (Cida Alves). Veja abaixo o que Ashey Montagu tem a dizer sobre isso:
“A ideia do homem-matador é um estado mental mais confortável que o ponto de vista oposto. Se realmente acreditamos que procedemos como procedemos por termo nascidos assim, e que nada podemos fazer para mudar, então nada podemos fazer para mudar, não é mesmo? E cada vez que traímos um amigo, falhamos, ferimos alguém, trapaceamos ou mentimos para seguir adiante, podemos culpar a natureza humana. ‘Sou apenas um ser humano’, dizemos, dando de ombros, e com isso queremos dizer: ‘Sou naturalmente perverso’, ou ‘Sou naturalmente fraco’.
‘Errar é humano, perdoar é divino’, Esta é uma versão particularmente interessante deste tema. O fato é que o erro e o perdão são atos da mesma criatura humana, mas por minhas próprias razões quero evitar assumir a responsabilidade por qualquer dos dois atos. O erro decorre de minha inevitável natureza básica, o perdão é obra de Deus, eu sou apenas um espectador.
Por outro lado, acreditar que sou responsável por meus atos é viver uma vida desconfortável. Significa que devo pensar sobre o que faço, avaliar as alternativas segundo um certo padrão, julgar, escolher e aguentar as consequências. Quantos de nós passam por esse processo? Não muitos, e o número ainda diminui substancialmente quando um caminho mais fácil nos é apontado por um grupo de ilustres cientistas que são, como todos sabem, mais brilhantes que qualquer outra pessoa” (MONTAGU, 1978, p.35).
Profecia auto realizável
“Aqui, devemos assinalar que, para fins de previsão ou de qualquer outro tipo, a pretensão de que o homem é inatamente agressivo assume a natureza de uma profecia que se realiza por si mesma. Se estamos convencidos de que somos inatamente agressivos, começaremos a ver-nos como tal, e começaremos a atuar da forma que se espera que atuemos. É verdade que devemos tentar controlar nossa agressividade, mas sempre podemos desculpar as reincidências com base em teorias tais como ‘espontaneidade’ e ‘instinto’. Nossa tendência a aceitar a violência como uma forma normal nos dizem que ser violento faz parte da natureza do homem, é um legado de seus antepassados pré-históricos” (MONTAGU, 1978, p.257).


Veja ainda algumas pesquisas citadas por Montagu (1978) sobre o tema da agressividade e a aducação de crianças: 
Com exceção do breve interlúdio do século XVIII conhecido como Iluminismo, quando não somente Luz, mas também ar fresco foram introduzidos na questão do que era a natureza humana, o conceito de pecado original e depravação natural predominou. Por exemplo, as crianças eram consideradas ‘criaturas naturalmente depravadas’ por Hannah More, a sabichona inglesa que morreu em 1833; e recentemente, em 1922, o Dr. Edward Glover, decano dos psicanalistas ingleses, falava das crianças nestes cativantes termos ‘A criança perfeitamente normal é quase completamente egocêntrica, gulosa, suja, violenta, profundamente sexual em seus objetivos, exageradas em suas atitudes, dotada, apenas do sentido de realidade primitivo, sem consciência ou sentimentos morais, e sua atitude para com a sociedade (representada pela família) é oportunista, desconsiderada, dominadora e sádica’. Na verdade, julgado pelos padrões sociais dos adultos, o bebê normal é praticamente um ‘criminoso nato’. A conferência do Dr. Glover foi republicada num volume de suas obras escolhidas em 1970” (MONTAGU, 1978, p.37).
“Sabemos também que as características do comportamento humano não são determinados exclusivamente pela hereditariedade ou pelo meio ambiente. O conceito de oposição entre natureza e educação é falaz, e responsável por mais afirmações enganosas do que qualquer outro, até mesmo do que as afirmações de Lorenz e Ardrey aplicadas aos seres humanos. Na realidade, o desenvolvimento de praticamente qualquer tipo de comportamento humano é resultado da interação entre fatores genéticos e ambientais” (MONTAGU, 1978, p.21).
“Esse mesmo princípio se aplica a qualquer tipo de comportamento, inclusive ao agressivo. Muitos estudiosos e observadores de crianças, concluíram que o comportamento agressivo se aprende e é adquirido, ou seja, uma criança cujo comportamento agressivo é recompensado por vencer, por exemplo, ou pela aprovação dos adultos, ou por qualquer tipo de melhora de sua posição – será possivelmente uma criança mais agressiva do que aquela cujo comportamento agressivo é desencorajado por constantes derrotas ou pela desaprovação”(MONTAGU, 1978, p.24).
“Nas famílias de classe média, Bandura, e Bandura, e Walters descobriram que um dos pais de meninos agressivos, ou ambos, encorajavam seus filhos a serem agressivos com amigos e professores, e outros adultos fora da família. Os meninos não agressivos provêm de famílias em que os pais encorajam os filhos a defenderem firmemente seus princípios, mas que desprezam a agressão física como forma de resolver disputas. Além disso, as crianças geralmente tomam como modelo a agressão que sofrem dos pais, tendendo a imitá-la em seu próprio comportamento com os demais. Hoffman descobriu que as mães que empregam agressão verbal ou física para obrigarem seus filhos a cumprirem suas ordens criam crianças que utilizam um comportamento semelhante como seus companheiros” (MONTAGU, 1978, p.25).
“O falecido Professor Abraham Maslow, psicólogo humanista, num artigo intitulado ‘Nossa Natureza Animal Maligna’, publicado em 1949, escreveu: ‘Acho que as crianças, até serem estragados e nivelados pela cultura, são seres humanos mais bonitos, melhores e mais atraentes que seus pais, ainda que sejam mais ‘primitivos’ que eles. A ‘domesticação e transformação’ que sofrem parece atrapalhar mais que ajudar’. Não foi sem razão que o um famoso psicólogo definiu os adultos como ‘crianças deterioradas’. Poderia ser possível, perguntou Maslow, ‘que o que necessitamos seja um pouco mais de primitivismo e um pouco menos de domesticação?’
Similarmente, a Professora Katherine Banhma, que durante vinte anos estudou 900 crianças desde quatro semanas até quatro anos de idade, concluiu que as crianças nascem com impulsos afetuosos expansivos, e que ‘só se tornam preocupados consigo mesmo, retraídas ou hostis, como reação secundária, quando são repelidas, sufocadas com cuidados indesejados, ignoradas ou negligenciadas’’(MONTAGU, 1978, p.90-91).


REFERÊNCIA: MONTAGU, Ashey. A natureza da agressividade humana. Tradução de Maurício Mower. Editora: Zahar, Rio de Janeiro 1978.In. Blog Educar sem Violência. Cida Alves. 2013.

29 de jan. de 2013

Para ex-comandante da PM, morte de Patricia Acioli pôs fim a sua carreira


Mario Sergio Duarte causou revolta aos promotores ao criticar investigação.
Julgamento dos acusados por morte de juíza continua nesta quarta (30).



O depoimento do ex-comandante-geral da Polícia Militar, Mario Sérgio Duarte, no julgamento de três acusados de participar da morte da juíza Patricia Acioli, em agosto de 2010, causou alvoroço no 3º Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Mário Sergio foi arrolado como testemunha de defesa do policial militar Junior Cezar de Medeiros e criticou as investigações sobre o caso, conduzidas pela Polícia Civil. Outros dois réus estão sendo julgados nesta terça-feira (29): Jefferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão.
Logo no início do depoimento, o coronel afirmou que a morte da juíza, que era titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, foi responsável por pôr fim à carreira dele.
"Fiquei interessado no processo porque esse crime encerrou a minha carreira. Eu me vi compelido pelas circunstâncias a encerrar a minha carreira. Saíram todos os coronéis da minha equipe, aqueles que participaram do processo de pacificação, todos foram retirados de seus postos antes dos 40 anos de idade. Então, eu me interessei verdadeiramente pelo inquérito", disse Mario Sergio Duarte, que comandou a PM do Rio de julho de 2009 a setembro de 2011.
Em seguida, o ex-comandante da corporação explicou que analisou o inquérito do caso, encontrando diversas "inconsistências" nos depoimentos dos acusados de matar a juíza.
"Eu penso que a investigação, ao final, tomou um rumo diferente: passou a ter um caráter literário persuasivo, deixando de ter um aspecto de revelação, para ser um conjunto de informações que ora está no processo, ora não. Observei nos depoimentos, principalmente relativos à delação premiada, que em alguns momentos as informações são contraditórias dentro do próprio depoimento. No caso do Jefferson, por exemplo, ele presta dois depoimentos completamente diferentes. Eles [réus] são inconsistentes quando falam do espólio do crime e do valor, por exemplo", afirmou Mário Sérgio.
Revolta
A declaração provocou revolta na promotoria. O promotor do caso, Leandro Navega, interrompeu: "Como ex-comandante da PM, o senhor deveria se envergonhar". O outro integrante da promotoria, Rubem Viana, completou: "Isso é um absurdo. Uma testemunha vir aqui fazer juízo de valor sobre a investigação da Policia Civil. Jamais vi isso no Tribunal", disse o promotor.
Diante dos protestos da promotoria, o juiz Peterson Simão, que preside o julgamento, interveio. "Se continuar assim, terei de cassar a palavra do Ministério Público. Qualquer forma de tirar uma defesa, representa uma nulidade [do julgamento] e é tudo que eu não quero que aconteça aqui para absolver ou condenar", finalizou o juiz, dizendo para que a testemunha prosseguisse no depoimento.
O coronel Mario Sérgio Duarte explicou ainda a nomeação do tenente-coronel Claudio Oliveira, apontando pelo MP-RJ como mandante do crime, para o comando do 7º BPM (São Gonçalo). "O Claudio foi a minha terceira tentativa de reduzir os índices de criminalidade em São Gonçalo que não estavam bons. O tentene coronel Claudio atingiu as metas e conseguiu a premiação do batalhão", explicou Mario Sergio.
O ex-comandante-geral da PM reafirmou ainda que foi o responsável por retirar dois policiais lotados no gabinete da juíza Patricia Acioli. "O responsável por retirar os policiais dela fui eu, só quem poderia retira-los era eu. Ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio, signatário do convênio, caberia pedir que fossem mantidos os policiais", disse o coronel, acrescentando que os PMs estavam lotados indevidamente no gabinete da magistrada.
Diante da polêmica gerada pelas declarações do ex-comandante da PM, o promotor Leandro Navega chegou a dizer que Mário Sergio estaria "defendendo" os réus e que teria pretensões políticas. "O senhor quer ser deputado?", perguntou o promotor. O coronel respondeu: "Acho que o Vossa Excelência está me lançando neste momento".
Inconformado com o depoimento de Mario Sérgio Duarte, o promotor Leandro Navega questionou se o ex-comandante da PM "recebia verba" do tenente-coronel Cláudio Oliveira. A resposta do coronel foi: "Não, sempre tive uma carreira honrada e honesta".
Espólio de guerra financiou o crime
O depoimento do ex-chefe do setor de inteligência da Delegacia de Homicídios reforçou a tese da promotoria de que os três policiais, assim como os demais réus no processo, participaram do plano e execução do assassinato da juíza Patricia Acioli.

Segundo o policial, o grupo arrecadava cerca de R$ 12 mi por semana em propina para não reprimir o tráfico de drogas em comunidades de São Gonçalo. A quantia, de acordo com Guimarães, era dividida entre os nove integrantes do Grupo de Ações Táticas Especiais e a décima parte era entregue pelo tenente Daniel Benitez ao comandante do 7º BPM, tenente-coronel Claudio Oliveira.

O investigador da Polícia Civil, José Carlos Guimarães, afirmou que as investigações comprovaram que todos os integrantes do Grupo de Ações Táticas Especias do 7º BPM (São Gonçalo) concordaram em custear a morte da juíza.

“O plano inicial deles era contratar um miliciano da comunidade São José Operario, na Praça Seca, em Jacarepagua, para matar a Dra. Patricia. Todos eles concordaram em abrir mão de 2 a 3 semanas do espólio do crime para pagar o miliciano”, contou Guimarães.

Vestindo colete à prova de balas, o policial Ricardo Henrique Moreira, ex-investigador do Núcleo de Homicídios da 72ª DP (São Gonçalo) prestou depoimento no Tribunal, esclarecendo que faz uso do equipamento diariamente e tem escolta da Polícia Civil porque recebeu ameaças de morte, assim como juíza Patricia Acioli, por parte desse grupo de policiais militares. Segundo o investigador, o motivo das ameaças era o fato do grupo ser investigado em dois inquéritos de autos de resistência forjados.

De acordo com o investigador, na época, foi encontrada, inclusive, uma lista de nomes “marcados para morrer”. “ A Dra. Patricia estava na cabeça da lista”, disse Moreira, acrescentando que o grupo de policiais militares, que se autointitulavam o bonde dos neuróticos, seqüestravam e extorquiam traficantes, pratica conhecida como “mineira”.
1º réu condenado
Em 4 de dezembro de 2012, o cabo da PM Sergio Costa Junior foi condenado a 21 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, mediante emboscada e para ocultar crimes anteriores – e formação de quadrilha. Ele foi benefeciado pela delação premiada tendo sido reduzida a pena total em um terço.
Outros sete policiais militares são réus no processo, incluindo o então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), Cláudio Oliveira, acusado pelo Ministério Público do Rio de ser o mandante do crime. O batalhão fica na mesma comarca onde a juíza atuava.
Eles recorreram da decisão da 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ que manteve a sentença de pronúncia e aguardam julgamento do recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O tenente-coronel Cláudio Oliveira e o tenente Daniel Benitez estão no presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Os demais estão presos na cadeia pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.
Patricia Acioli (Foto: Reprodução Globo News)Patricia Acioli morreu aos 47 anos (Foto:
Reprodução Globo News)
Juíza condenou PMs
Na época do crime, Patrícia Lourival Acioli, de 47 anos, era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. A magistrada atuou em diversos processos em que os réus eram policiais militares envolvidos em supostos autos de resistência.
Nascida no Rio de Janeiro, Patrícia se formou em Direito em 1987 na Universidade estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e, em 1992, ingressou na Magistratura do Rio.
Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/01/para-ex-comandante-da-pm-morte-de-patricia-acioli-pos-fim-sua-carreira.html. Acesso em: 29 jan. 2012

28 de jan. de 2013

Tristeza e indignação por todos os jovens de Santa Maria e pelo bebê de São Paulo


Boate Kiss
Em Santa Maria (RS), um sinalizador é lançando em ambiente fechado com teto altamente inflamável. Após o início do incêndio jovens em pânico tentam fugir pela única saída que existia na boate, mas essa porta foi bloqueada por seguranças para que eles não saíssem sem pagar a comanda. Resultado fatal: 231 jovens mortos.

bebê nas mãos
Em São Paulo, mãe maltrata filho e vai dormir. Segundo o seu depoimento ela só percebeu que ele estava morto pela manhã. Os vizinhos informaram à polícia que ela tentou jogar o corpo do filho de 5 meses no lixo.


A vida é tão preciosa, mas tão frágil!
Porque descuidamos tanto assim dela?
Nos momentos extremos qual tem sido o valor que guia  e sustenta os nossos atos?


Sei que é difícil achar palavras de consolo nesse momento, mas quero deixar a minha solidariedade a todos os familiares e amigos dos 231 jovens de Santa Maria (RS).
Quero ainda registra o meu profundo lamento pela morte do bebê em São Paulo que, diferente dos jovens de Santa Maria, não teve nem chance de tentar fugir do perigo que ameaçava sua breve vida.
Cida Alves

Faço das palavras da minha companheira de blog Cida Alves as minhas palavras. Que Deus possa ilumina e dar força a todos os familiares e amigos dos 231 jovens de Santa Maria (RS) 

Jorge S. Sousa

Fonte: Blog Educar sem Violência. Cida Alves. Acesso em: 28 jan. 2012

26 de jan. de 2013

Menina estuprada pelo próprio pai sofreu outros abusos, diz polícia


Garota de 14 anos engravidou do próprio pai em Itariri, no interior de SP.
Polícia crê que além do pai e do padrastro, outros estupraram a menina.


 A adolescente de 14 anos que foi estuprada pelo próprio pai e pelo padrasto e acabou engravidando do pai, já havia sido abusada algumas outras vezes, em outras situações. A informação foi passada ao G1 pelo delegado responsável pelo caso, Fernando Biazzus Rodrigues, que explicou que as investigações apontam que antes da garota ser abusada pelos familiares, ela já havia sido vítima de crimes sexuais praticados por outras pessoas.
Segundo Biazzus, a história da garota é muito mais complexa do que parecia no início. "Continuamos ouvindo as pessoas e juntando os depoimentos. Chegamos a conclusão que, antes mesmo de ser estuprada pelo pai e pelo padrasto, a menina já havia sofrido outras violências sexuais. Ainda estamos analisando essas informações", explica.
Apesar dos abusos, a adolescente, que está grávida do próprio pai, nunca comentou nada com o restante da família. Mesmo com a situação, a mãe da garota, que preferiu não se identificar, afirma que a filha não pretende abortar o bebê gerado pelo ato incestuoso. “Ela não parece estar traumatizada. Está brincando normalmente com os irmãos e diz querer continuar indo para a escola. Ela até prefere que a criança seja uma menina, para lhe fazer companhia”, relata a mãe da vítima.
O caso
A polícia de Itariri prendeu na sexta-feira (18) dois homens suspeitos de estuprarem a adolescente. Um é o pai e o outro o padrasto da garota. A mãe desconfiou da gravidez quando a menina começou a vomitar. A garota conversou com uma assistente social e revelou que estava sendo abusada pelo próprio pai, que tem 60 anos. A menina disse ainda que era estuprada desde os 11 anos pelo padrasto. Quando o pai ficou sabendo do fato, resolveu levar a filha para morar com ele e começou a abusar dela também. Os dois foram presos.

Disponível em:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/01/menina-estuprada-pelo-proprio-pai-sofreu-outros-abusos-diz-policia.html. Acesso em: 26 jan. 2013.

23 de jan. de 2013

Casal acusa concessionária BMW de racismo contra filho de 7 anos no Rio


Representante da loja se desculpou e disse ter sido um 'mal-entendido'.
'Aqui não é lugar para você. Saia', teria dito gerente a criança, que é negra.

ma ida à concessionária da BMW Autokraft, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde de sábado (12), deixou o casal Ronald Munk e Priscilla Celeste indignado. Pais de cinco filhos, foram à loja acompanhados do caçula, de 7 anos, que é negro e adotado, em busca de um automóvel novo para família. Enquanto conversavam com o gerente de vendas sobre os carros, dizem ter sido surpreendidos com uma atitude preconceituosa do funcionário quando a criança se aproximou dos três. O BMW Group enviou uma nota ao G1 em que pede desculpas ao casal.
O casal contou como foi a conversa do gerente. "Ele disse: 'Você não pode ficar aqui dentro. Aqui não é lugar para você. Saia da loja. Eles pedem dinheiro e incomodam os clientes'", contou a professora Priscilla, lembrando que o gerente não havia se dado conta de que o menino era filho do casal.

“Imediatamente peguei meu filho pela mão e saí da loja. Somos clientes da concessionária há anos. Inclusive temos um vendedor que sempre nos atende. Esperamos dias por uma retratação, não tomamos nenhuma atitude imediata e não acionamos a polícia para preservar nosso filho”, acrescentou.

Ronald, que é consultor, conta que não é a primeira vez que acontece esse tipo de situação com seu filho, e que indagou o gerente sobre a sua atitude.

“Cheguei a perguntar o motivo daquela reação. Quando eu afirmei que aquela criança negra era o nosso filho, ele ficou completamente sem ação, gaguejou e pediu desculpas. Sem entender nada, nosso filho chegou a questionar por que não aceitavam crianças naquela loja já que havia uma televisão passando desenhos animados”, diz o consultor.

Na nota  da assessoria de imprensa, encaminhada nesta quarta-feira (23)  ao G1, o BMW Group informou que tomou conhecimento do fato em e-mail enviado por Ronald e Priscilla, em janeiro deste ano. Veja a íntegra da nota abaixo:
Nota da empresa
"O BMW Group gostaria de esclarecer que tomou conhecimento dos fatos relatados na matéria abaixo, através do e-mail enviado em 16/01/2013 pelos Senhores Ronald e Priscilla Munk e prontamente solicitou esclarecimentos à concessionária Autokraft através de uma notificação entregue na mesma data.

O BMW Group informa ainda que nenhum funcionário seu esteve presente na data do acontecimento narrado, não podendo dessa forma atestar a veracidade dos fatos relatados por parte dos clientes, tão pouco da concessionária.
Confirmamos que o BMW Group, apesar de não ter conhecimento dos fatos, em respeito aos seus clientes, enviou mensagem aos mesmos, desculpando-se pelo ocorrido e explicando a sua relação jurídica e comercial com a concessionária, a qual é regida pela lei nº 6729/79, que proíbe o BMW Group de adotar qualquer postura que influencie a gestão administrativa da concessionária e desautoriza a empresa a intervir ou influenciar nas atividades diárias de seus concessionários."
Retratação da BMW
Ronald e Priscilla aguardaram quatro dias por uma retratação da concessionária. Segundo eles, a pretensão não era acionar a Justiça, e sim não deixar que esse fato acontecesse novamente e com outras pessoas. Decidiram, então, enviar um e-mail para a BMW Brasil relatando o ocorrido.

A reposta veio rapidamente através do gerente regional de vendas. No e-mail, a empresa diz lamentar o fato ocorrido, pede desculpas pela situação e enfatiza que o compromisso da BMW é prestar um atendimento com excelência.

O casal agradeceu a resposta, sobretudo por reconhecer que o fato realmente ocorreu nas dependências da loja, mas não achou que somente isso era suficiente. Os pais exigiram então uma reposta sobre quais medidas seriam tomadas em relação ao funcionário e como a empresa agiria para que esse fato não acontecesse nunca mais.

Sete dias após o incidente dentro da loja, um novo e-mail com o assunto “desculpas” foi enviado ao casal, desta vez por um representante da Autokraft. Nele, a empresa se diz ciente do ocorrido e afirma que o gerente da loja “entendeu que o casal não estava acompanhado por qualquer pessoa, incluindo a criança. E já que ela estava absolutamente desacompanhada na loja, o funcionário teria alertado o garoto que ele não poderia ali permanecer e que tudo não passou de um mal-entendido”. O correio é finalizado com a seguinte mensagem: “Tenho imenso prazer em tê-lo sempre como cliente amigo”.

E-mail enviado pela concessionária pedindo desculpas ao casal trata o caso com o um 'mal-entendido' (Foto: Reprodução)E-mail enviado pela concessionária pedindo desculpas ao casal trata o caso com o um 'mal-entendido' (Foto: Reprodução)
'Mal-entendido'
O termo "mal-entendido" provocou especial indignação em Priscilla e Ronald, que criaram, no último domingo (20), a página no Facebook “Preconceito racial não é mal-entendido”. A intenção, segundo eles, é reunir histórias de preconceito e alertar as pessoas para que não aceitem desculpas e explicações descabidas. A página teve 1,2 mil acessos, segundo ela, em três dias. Até o fim da noite de quarta, 230 pessoas haviam "curtido".

“Compartilhamos a página só com amigos. Agora já tem um monte de gente contando histórias muito parecidas com a nossa. Preconceito racial é crime. As pessoas têm que tomar conhecimento disso e não se calarem”, concluiu Priscilla.

Perfil no Facebook da página contra o preconceito, criada por Priscilla Celeste (Foto: Reprodução / Facebook)Perfil no Facebook da página contra o preconceito, criada por Priscilla Celeste (Foto: Reprodução / Facebook)
Disponível em: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/01/casal-acusa-concessionaria-bmw-de-racismo-contra-filho-de-7-anos-no-rio.html. Acesso em: 23 jan. 2013.

22 de jan. de 2013

"DESCOBRINDO O MUNDO ENCANTADO" DA EDUCAÇÃO INFANTIL: Pai estupra e engravida a própria filha de 14 anos, diz polícia

"DESCOBRINDO O MUNDO ENCANTADO" DA EDUCAÇÃO INFANTIL: Pai estupra e engravida a própria filha de 14 anos, diz polícia

Impactos da publicidade infantil ainda são pouco discutidos pela sociedade – Jornal UFG



publicidade_infantil

Por Agnes Agnes Arato, Kharen Stecca, e Roberto Nunes

Desde 2001, tramita um projeto de lei na Câmara dos Deputados que propõe a regulamentação da publicidade dirigida às crianças no Brasil. Enquanto a lei não sai, vários grupos divergem em relação ao tratamento dado à questão: há os que defendem a proibição total da publicidade infantil; os que desejam a restrição de alguns produtos, como alimentos pouco saudáveis; e aqueles que acreditam que o modelo utilizado atualmente, a autorregulamentação, é suficiente.

Há pesquisas indicando que as crianças são responsáveis por 80% das decisões de compra das famílias. Por isso, foi lançada a campanha Somos todos responsáveis (http://www.somostodosresponsaveis.com.br/), que reafirma a eficácia da autorregulamentação e responsabiliza exclusivamente os pais, que devem guiar os filhos. Ao mesmo tempo, um grupo de pais e mães (www.infancialivredeconsumismo.com.br) cobra uma política pública que auxilie as famílias a prevenir problemas que, em longo prazo, afetarão a esfera pública.

A mesa-redonda do Jornal UFG desta edição convida o professor da Facomb, Magno Medeiros, a psicóloga e professora da PUCGoiás, Malu Moura, e o publicitário da agência AMP, Marco Antônio de Pádua Siqueira, para debater o tema.

Acesse a entrevista completa com o professor Magno Medeiros, a psicóloga Malu Moura e o publicitário Marco Antônio Siqueira AQUI

Criança, A alma do negócio - Completo Documentário 



Fonte: Blog Educar sem Violência. Cida Alves. Acesso em: 22 jan. 2013.

20 de jan. de 2013

Casal briga e mãe ameaça jogar bebê de ponte de 5 metros de altura em Itu


Menino ficou pendurado enquanto mãe ameaçava jogá-lo em córrego.
Casal foi preso e criança passa bem.


Polícia Militar de Itu (SP) prendeu neste domingo (20) um homem e uma mulher por ameaçarem jogar o filho de 20 dias de uma ponte, no bairro Bandeirantes. O casal foi detido por pessoas que estavam próximas ao local até que a polícia chegasse.
Segundo a Polícia Militar, o casal estava discutindo em cima da ponte, quando a mulher se descontrolou e segurou o bebê pelo braço, deixando-o pendurado a 5 metros de altura. A discussão aconteceu porque ela afirma que o pai não ajuda financeiramente e que é ausente. Desesperada, ela ameaçou jogar a criança no córrego.
No momento em que o bebê estava pendurado, um jovem passou de carro e viu a cena. Horrorizado, ele contou para a mãe o que tinha visto. A mulher ficou revoltada com a situação e correu para a ponte para socorrer a criança.
A mulher contou para a polícia que conversou com a mãe durante cerca de 20 minutos, tentando convencê-la de entregar o menino. No entanto, após entregar o bebê, a mãe se arrependeu, com medo de que a mulher levasse o filho dela e agrediu a mulher com um tapa no rosto.
Ainda com o bebê no colo, a mulher revidou e as duas começaram a brigar. Pessoas que estavam próximas da ponte apaziguaram a briga e contiveram o casal até a chegada da polícia.
A criança foi encaminhada para a Santa Casa de Itu para ser examinada. O menino não sofreu ferimentos e passa bem. Ele ficará sob responsabilidade do Conselho Tutelar, que irá decidir se parentes do casal irão ficar com ele ou se irá para adoção.
A mulher está presa e deve ser indiciada por tentativa de homicídio. O pai da criança também está preso, já que em nenhum momento tentou impedir que o bebê fosse jogado da ponte.
Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/01/casal-briga-e-mae-ameaca-jogar-bebe-de-ponte-de-5-metros-de-altura-em-itu.html. Acesso em: 20 jan. 2013.

19 de jan. de 2013

Pai estupra e engravida a própria filha de 14 anos, diz polícia


Crime aconteceu em Itariri, no interior de São Paulo.
Garota também foi estuprada várias vezes pelo padrasto.


A polícia de Itariri, no interior de São Paulo, prendeu nesta sexta-feira (18) dois homens suspeitos de estuprarem uma adolescente de 14 anos. Um é o pai e o outro é padrasto da garota, que está grávida de quatro meses do próprio pai.

Segundo a polícia, a mãe da adolescente desconfiou da gravidez porque a menina vomitava constantemente na escola. Por isso, a garota foi levada até uma agente de saúde. Após exames, foi constatado que a menor estava grávida de quatro meses. A garota conversou com uma assistente social e revelou que foi estuprada pelo pai, que tem 60 anos.

O caso foi levado à polícia e, em depoimento, a jovem afirmou que também era estuprada pelo padrasto desde os 11 anos de idade. Segundo o delegado Fernando Biazuss Rodrigues, a menina cresceu com o padrasto e a mãe. Ao descobrir que a filha era molestada pelo padrasto, o pai da menina resolveu levá-la para morar com ele e começou a abusar dela também.

Ainda de acordo com o delegado Fernando Biazzus Rodrigues, o pai costumava dar remédios abortivos para a garota. “Os acusados não assumem completamente o crime. O padrasto, por exemplo, alega que fica bêbado e não consegue lembrar o que faz”, diz Rodrigues.

O delegado afirma que a princípio a garota irá morar com a mãe. Porém, a assistência social deve acompanhar o caso, já que a mãe é solteira e tem oito filhos. A Justiça já decretou a prisão temporária do pai e do padrasto.

Disponível em: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/01/pai-estupra-e-engravida-propria-filha-de-14-anos-diz-policia.html. Acesso em: 19 jan. 2013. 

17 de jan. de 2013

Criança que ajuda irmão com paralisia cerebral se torna inspiração na web



Cayden Long é uma criança de sete anos com paralisia cerebral. Seu irmão mais velho, Connor, tem nove anos e o leva para passear de bicicleta em um carro traseiro improvisado. O menino mais velho diz que gosta de ver seu irmão “sorrido e dando risada” enquanto ele anda nas ruas. Os irmãos Long chegaram a participar de competições de triathlon com uma bicicleta juntos. Mesmo sem ganharem a prova, eles terminaram a prova juntos e se transformaram em uma inspiração de companheirismo na Internet.



Connor diz que fica “louco” quando pessoas falam mal da deficiência de seu irmão Cayden. O menino diz em um vídeo que “embora ele tenha esse problema, o jovem ainda tem sentimentos e percebe o que as pessoas querem dizer”.
A mãe dos garotos diz que Connor se sentiu mal quando soube que o irmão mais novo não poderia sair e brincar como ele fazia. O triathlon, que é uma prova com várias modalidades de corrida, incluindo bicicleta, se tornou um esporte que uniu as duas crianças. Cayden passou a acompanhar o irmão mais velho, que fez de tudo para ter sua companhia.
Os irmãos Long foram escolhidos pela revista Sports Kids como “as crianças esportivas de 2012″. Na cerimônia de nomeação, Connor falou emocionado com a plateia sobre sua experiência ajudando Cayden.
Disponível em: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2013/01/crianca-que-ajuda-irmao-com-paralisia-cerebral-se-torna-inspiracao-na-web.html. Acesso em: 17 jan. 2013.


15 de jan. de 2013

Disque 100: denúncias de crimes contra idosos crescem quase 200% em um ano



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Crimes mais denunciados são negligência e violência psicológica. Depois, vem abuso financeiro e econômico, violência física e abandono.


Denúncias de crimes contra idosos são cada vez mais comuns no Brasil. De janeiro a novembro de 2012, o Disque 100, telefone da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, registrou mais de 21 mil denúncias. No mesmo período de 2011, foram pouco mais de 7 mil, aumento de quase 200%.

Os crimes mais denunciados são: negligência e violência psicológica. “Eu sofri, sim, agressão verbal e foi muito difícil. Eu falei: ‘vou na delegacia do idoso’. Aí ela me respondeu: ‘se a senhora for, a senhora está morta para mim’”, relata uma idosa.
Em seguida, vem abuso financeiro e econômico. “Pegou o meu dinheiro que tinha na poupança e tirou. Aí fiquei três meses pedindo dinheiro a ele, e ele não devolvia”, lembra um senhor.

A lista dos crimes mais denunciados tem ainda a violência física. “A minha filha me pegou pelo braço, me jogou pelo lado de fora da porta, tem três degraus, e quase que eu caio, bato com a cabeça no chão”, conta uma senhora.

Em quinto lugar na lista, vêm outros crimes, como o abandono. A mulher encontrada abandonada em casa pelos policiais em Belém se chama Felicidade. Segundo uma denúncia anônima, ela vive em estado de abandono, apesar de morar com o filho e a nora.

Fonte: Fantástico - Edição do dia 13/01/2013. In. Blog Educar sem Violência. Cida Alves. 15 jan. 2013.

13 de jan. de 2013

A IMPORTÂNCIA DA POESIA E DOS LIVROS NO UNIVERSO INFANTIL


                                                                                                             Jorge Silva Sousa*

 

“Feliz a criança que foi embalada pela mãe ao som de um acalanto. O som da melodia e a beleza dos versos tão simples e graciosos nos ouvidos, para todo sempre” (Elias José)


Tradicionalmente, muitas pessoas ainda têm uma visão distorcida em relação às cantigas de folclore e da literatura infantil. Muitos acreditam que com as cantigas e as histórias que contamos para as crianças, são violentas e provoca medo e tortura.  Mas segundo (Elias José, 2007, p. 28),

Não conheço ninguém que tenha sido prejudicado, que tenha tido uma infância infeliz por culpa de qualquer cantiga ou história. O contrário se vê a todo instante. Crianças que não tiveram o carinho da mãe e seu acalento, que têm apenas o barulho da rua como a sua música de embalar. A voz da mãe é pura certeza de paz. O aconchego do seu corpo é pura segurança.

Ao contrário, a literatura, em prosa ou em verso, tem o poder de, brincando com a violência e com o medo, banalizá-los. Muitas crianças superar o medo através da musicalidade das palavras, das cantigas de ninar, travas populares, trava-línguas, ciranda e parlendas são formas poéticas que adoçam a infância de qualquer criança. 

Penso como fazem falta às crianças de hoje as cirandas: mão dadas, corpos próximos, vozes cantadas no mesmo ritmo melódico, a animação que só o espírito infantil consegue, o riso com um pouco de maldade quando alguém se recusa a ser o par do que está na roda, a felicidade dos movimentos de ir e vir. (Elias José, 2007, p. 28)

Atualmente, essas brincadeiras, o contato físico vem sendo substituído pela televisão, internet, celular, enfim pela tecnologia. Por isso faz-se necessário que pais e professores abram os olhos para a importância das brincadeiras, das cantigas de ninar, das histórias e da literatura infantil para a vida das crianças e jovens. Pois através delas a criança faz uma viagem de sonho e de puro encantamento. Portanto, o autor enfatiza a importância de compras livros para as crianças desde infância, “o livro infantil é o ponto de partida para um imaginário bem estimulado” 

Referência
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e encantar crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007.