17 de fev. de 2014

Limite do castigo: 'Se há intenção de machucar, vira maus-tratos', diz psiquiatra

Ana Beatriz Barbosa analisa métodos na hora de educar filhos e diz que muitos castigos passam dos limites e podem ser considerados até tortura


Castigos são vistos como a melhor alternativa na hora de educar os filhos. Mas, alguns casos de excesso despertaram a discussão sobre os limites na correção. No café da manhã do Mais Você, Ana Maria conversou com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa sobre a necessidade do castigo na educação dos filhos. Para a especialista, a cultura do "não" é uma escolha errada. "O cérebro não registra o 'não', é melhor um trabalho de disciplina em parceria com a escola", explicou, alertando ainda que o castigo pode ser eficiente dependendo do método aplicado.  
A apresentadora exibiu reportagens de crianças que passaram por situações de castigos muito rigorosos. Como por exemplo, o caso de um menino de sete anos que teve as mãos queimadas e o rosto machucado pela mãe, no  Amapá, por causa de uma moedinha de um real. Ana Beatriz Barbosa alerta para a diferença entre educar e maltratar. "Quando há intenção de machucar, viramaus-tratos, ou até tortura, como nesse caso que foi exibido. Para mim é tortura porque a criança é incapaz de sair dessa situação", explica a especialista.
Ana Beatriz Barbosa responde dúvidas sobre o castigo
A professora Cristiane Flores tinha dúvidas sobre a duração do castigo, e a psiquiatra alertou que o tempo é o que menos importa. "A questão do castigo não é o tempo, mas você estabelecer o castigo e cumprir. Os pais não podem voltar atrás! O melhor prazo é de 72 horas", explicou a especialista. Laura Caie, farmacêutica, perguntou à Ana Beatriz o que os pais devem fazer quando o castigo não é suficiente. "Não existe o castigo não resolver, existe não ser o castigo certo. Se você conhece a criança e vai poder tirar aquilo que vai fazer falta", aconselha a psiquiatra.
Todos os familiares podem castigar? A especialista respondeu a pergunta da estudante Lara Alves: "Qualquer pessoa que esteja ligada à educação da criança, pode, sim, ter medidas educativas. O ideal é fazer uma manual para a família toda educar", sugere Ana Beatriz Barbosa.
Fonte: Mais Você. Ana Maria Braga. 2014. Acesso em: 17 fev. 2014

15 de fev. de 2014

Mãe pede ajuda para o tratamento do filho de 3 anos que tem autismo

Família não tem condição de pagar terapia, pois vive com um salário mínimo.
Dona de casa teme que filho se isole: 'Não tem contato com outras crianças'.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
dona de casa Joana Darlí luta para conseguir tratamento médico para o filho Wesley Victor Damaceno Dias, de 3 anos, diagnosticado com autismo, síndrome que afeta a interação social e o comportamento. Moradora de Porangatu, no norte do estado, ela diz que não tem condição de pagar pela terapia, pois a família sobrevive com o que o marido recebe, cerca de um salário mínimo por mês.
“Eu não estou conseguindo umafonoaudióloga e uma pedagoga para acompanhar o caso dele. Já fui à Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria Municipal da Educação e não estou conseguindo. Não sei mais o que eu faço”, desabafou Joana.
Em Porangatu, não existe nenhum Centro de Atenção Psicosocial (Caps) para realizar o acompanhamento das crianças com autismo. Quando o município não tem essa estrutura, cabe à rede de educação auxiliar na readaptação de quem sofre do distúrbio.

Sem acompanhamento especializado, a mãe teme que o filho se isole cada vez mais. “Ele não tem contato com outras crianças. Se tiver uma janela aberta, ele tem que acender a luz, ele não para de girar, é nervoso”, relatou Joana.Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Porangatu informou que Wesley não recebiaatendimento especializado porque só agora a instituição recebeu o laudo afirmando que a criança é autista. Segundo a nota, quando a greve dos funcionários administrativos acabar, Wesley será acompanhado fora da escola por uma psicóloga e uma psicopedagoga. A prefeitura informou ainda que não há fonoaudiólogo na rede pública de saúde.

Autismo
De acordo com especialistas, pesquisas recentes apontam que a cada 100 crianças, uma pode ter autismo, que se manifesta até os três anos de idade. Para a psicóloga Cassilda Fernandes, é necessário que o autista continue se relacionando socialmente.

“O autismo não tem cura, o paciente passa por um processo de readaptação. A partir do momento que ele começa a se readaptar com a família e amigos, isso contribui para o desenvolvimento da pessoa”, explicou a psicóloga.
Para estimular esse convívio social, os especialistas aconselham que a criança deve ser incentivada a estudar, o que propicia interação com outras pessoas. A medida evita que o autista se isole na realidade que cria em sua mente.
Família não tem condições financeiras de pagar tratamento que menino precisa, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Família não tem condições de pagar tratamento que menino precisa(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Fonte: G1 GO. Acesso em: 15 fev. 2014

12 de fev. de 2014

A ciência contra a birra


 

Entenda por que as crianças reagem de forma explosiva diante dos menores desagrados e aprenda a controlar esses ataques de fúria com a ajuda da neuropediatria


por Vanessa Vieira
Não importa de onde você venha: se existem crianças lá, elas fazem birra. Pode ser o filho de um feirante brasileiro, de um lorde inglês ou um pequeno candidato ao posto de Dalai Lama, no Tibete - todos são capazes de se jogar no chão, berrando e esmurrando o piso, diante de fatos triviais como a recusa do pai em comprar um brinquedo ou a interrupção da diversão com os coleguinhas na hora de tomar banho. Se você se pergunta por que coisas tão corriqueiras têm o poder de tirar os pequenos do sério - e, eles, você -, saiba que a explicação está no desenvolvimento incompleto de nosso cérebro quando nascemos. A mesma razão pela qual os filhotes humanos dependem tanto dos pais durante a infância e a adolescência. Em formação, volta e meia os cérebros dos pequenos parecem entrar em curto-circuito.
Uma das áreas que não nascem prontas é a parte superior da massa cinzenta, composta pelo neocórtex. Essa região, que corresponde a 85% do cérebro, é responsável por capacidades como reflexão, planejamento, imaginação, pensamento analítico e solução de problemas. Mas nos primeiros anos de vida, faltam conexões suficientes entre os neurônios que existem lá. "As crianças nascem com muitas áreas sem a camada de gordura que reveste os axônios, responsáveis pela transmissão dos sinais cerebrais entre as células nervosas", explica o neuropediatra Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É como se um lustre viesse da fábrica com todas as lâmpadas, mas, em parte delas, faltassem os fios que permitem que elas acendam (não se preocupe, mais tarde, por volta dos seis anos de idade, tudo se iluminará). Na ausência de conexões neuronais adequadas nos primeiros quatro anos, a atividade mais intensa acontece nas partes inferiores, mais primitivas.
São as áreas que os cientistas apelidaram de cérebros reptiliano e mamífero. O primeiro é a parte mais profunda e antiga do cérebro humano, pouco modificada pela evolução. Para se ter uma ideia, ela é basicamente igual em todos os vertebrados - o elo perdido entre aquele bebê da propaganda de fraldas e uma lagartixa. Regula funções básicas relacionadas à sobrevivência, como fome, respiração e digestão. E reações instintivas de defesa e ataque, ligadas ao sentido de autopreservação da espécie e à defesa territorial. Já o cérebro mamífero é equipado com habilidades para a convivência e a construção de relações sociais. Também conhecido como cérebro emocional, inclui o sistema límbico, estrutura cerebral que desperta emoções fortes, como raiva, medo e estresse associado à separação. Enquanto a parte mais primitiva do cérebro já vem bem desenvolvida desde o nascimento, a parte superior - nosso cérebro racional, composto pelo neocórtex e em particular pelos lobos frontais, que comanda o pensamento racional, a capacidade de solucionar problemas, criatividade e imaginação - só atinge sua plena maturidade por volta dos 25 anos de idade. "É uma das últimas partes do cérebro a se desenvolver, e permanece em constante construção durante os primeiros anos da vida", diz o pediatra e psiquiatra Daniel Siegel em seu livro The Whole Brain Child (algo como "O cérebro integral do bebê"), sem tradução no Brasil. Por isso, alguns comportamentos que queremos que nossas crianças demonstrem são praticamente impossíveis para elas. "A habilidade de tomar decisões equilibradas, controle emocional, ética e capacidade de prever as consequências de seus atos dependem de uma parte do cérebro que ainda está em formação, e que não está disponível para elas todo o tempo", afirma Siegel, que também é pesquisador na Universidade da Califórnia.
Cérebros em fúria
Uma crise de birra significa que um de três alarmes - raiva, medo ou temor da separação - foi acionado na parte inferior, mais primitiva, do cérebro infantil. Esses sistemas, que fazem, por exemplo, com que o bebê se sinta terrivelmente inseguro ao menor afastamento dos pais, ou se assuste e chore diante de um barulho, foram originalmente desenvolvidos para proteger os filhotes de situações perigosas, como ser devorados por um predador. "No mundo moderno, os estímulos para acionar os sistemas de medo ou raiva podem ser você saindo do quarto, uma porta batendo ou um coleguinha pegando um brinquedo dele", diz a psicóloga Margot Sunderland, autora do livro The Science of Parenting (que poderia ser traduzido como "A Ciência da criação de filhos"), sem edição no Brasil. "Sem o auxílio da parte superior do cérebro para racionalizar e se acalmar, o resultado é que a criança fica superexcitada, com altos níveis de substâncias químicas associadas ao estresse percorrendo seu corpo e cérebro", afirma Sunderland, diretora de educação e treinamento no Centre for Child Mental Health, em Londres.
Nessas situações, a amígdala, uma das regiões da parte inferior do cérebro, normalmente disparada em situações de perigo, bloqueia as conexões da parte racional com a parte mais instintiva. "É como se um portãozinho de segurança fosse colocado na base de uma escada, tornando o acesso ao cérebro superior inalcançável",diz Daniel Siegel. Ou seja: não bastasse o cérebro ainda estar em construção, quando os pequenos estão sob forte estresse, algumas áreas dele ficam inacessíveis às crianças pequenas durante o momento da birra. E aí, mesmo sendo muito bem educada, fica difícil se controlar.

Trabalho em equipe
Até os quatro anos, essa falta de sintonia na cabeça dos pequenos tem um agravante: nessa idade, os dois hemisférios cerebrais ainda não trabalham de forma totalmente integrada. Se você já conviveu com uma criança pequena - seja seu filho, sobrinho ou aquele menino barulhento do apartamento de cima -, deve ter percebido que até essa idade as crises de fúria parecem nunca ter fim. Nessa fase, ainda não há fibras mielinizadas suficientes no corpo caloso, que conecta os dois hemisférios cerebrais. Como Tico e Teco ainda não se conhecem muito bem, falta um trabalho em equipe que é crucial para um comportamento equilibrado. Enquanto o lado esquerdo é responsável pelo pensamento lógico, linear e pela linguagem, o direito é intuitivo, emocional e não-verbal. Quando esse último trabalha sozinho, somos dominados por sensações físicas e emoções.
É mais ou menos o que acontece com as crianças de menos de quatro anos, nas quais esse lado do cérebro é dominante. Elas ainda não têm a habilidade de recorrer à lógica e às palavras para expressar seus sentimentos e vivem completamente no presente. "Por isso são capazes de deixar tudo para se ajoelhar e observar com toda a atenção uma joaninha atravessar a calçada, sem se preocupar se estão atrasadas", diz o pediatra. É essa inundação emocional também que explica a choradeira desproporcional do pequeno simplesmente porque você não deixou que ele mexesse num objeto na casa que vocês foram visitar.
Driblando o choro



Mas, se não dá para evitar as birras, é possível pelo menos contorná-las. O truque: tentar ajudar o bebê a integrar melhor as diferentes partes do cérebro, colocar as cabecinhas para trabalhar de forma coordenada, com a lógica do lado esquerdo do cérebro ajudando a controlar as emoções do lado direito, e a parte superior permitindo racionalizar e analisar as reações instintivas e viscerais da parte inferior. Como acontece com os adultos (pelo menos é o que esperamos).
Por isso, segundo o pediatra Daniel Siegel, no auge da crise da criança, quando o hemisfério direito está predominante, o melhor é abordá-la de forma emocional. Para isso, quando começar a birra, abrace-a, use expressões faciais empáticas e um tom de voz carinhoso. Traduza em palavras os sentimentos que ela própria não consegue descrever - já que seu hemisfério esquerdo, responsável pela linguagem, não está no comando. Diga frases como: "Eu entendo que você ficou muito chateado porque seu coleguinha teve de ir embora. É muito chato quando isso acontece". Isso vai acalmá-la. Depois, ajude-a a retomar a conexão com o hemisfério esquerdo, pedindo que ela mesma recorra à linguagem para explicar por que ficou chateada e propondo alternativas para resolver o problema. Pode dizer algo como: "O que você acha que a gente pode fazer para ficar divertido de novo? Do que nós dois poderíamos brincar?".
Como até os quatro anos de idade a atividade no hemisfério esquerdo - responsável pelo pensamento lógico - é limitada, não surtirá nenhum efeito argumentar com a criança. Nem gaste seu latim explicando por que você não pode comprar aquele brinquedo agora. Mesmo que você seja muito didático, as probabilidades de que ela entenda são pequenas. Como não existe uma percepção clara de linearidade e passagem do tempo, tampouco adiantará prometer para depois. O modo mais rápido de acabar com a birra, sugerem os especialistas, é atrair a atenção da criança para outra coisa, seja mostrando outro objeto interessante ou fazendo algo inusitado para distrair a criança do motivo da crise. Vale mostrar o elevador do shopping ou convidá-la para um passeio na escada rolante.
Outra estratégia para evitar os acessos de manha é tentar ajudar a criança a acessar a parte superior do cérebro, em vez de atiçar a parte inferior, mais reativa e instintiva. Para isso, ao vê-la tentar pegar um enfeite de vidro na sala, em vez de gritar "não" e impedi-la - o que pode provocar uma reação furiosa -, proponha algo que a obrigará a considerar um plano e fazer uma escolha, atividades relacionadas à parte superior do cérebro. "Vamos brincar lá fora? O que você acha que poderíamos fazer?".
E se nada disso funcionar, você ainda tem uma opção: colocar a criança para correr. É sério. A atividade física pode alterar a química cerebral. Para evitar que os hormônios ligados ao estresse assumam o comando, convide-a para correr no jardim ou brincar de não deixar o balão cair - e veja como ela muda de astral.

Paz e amor em família

Outra dica valiosa para evitar birras e diminuir a quantidade delas a longo prazo: controle-se você também. O neuropediatra Mauro Muzkat, da Unifesp, alerta que o estado emocional dos pais tem grande impacto sobre o comportamento dos filhos e o nível de excitação da criança. "Graças aos neurônios-espelho, as crianças reproduzem desde as expressões até as sensações dos pais", diz ele. "Se a criança está tensa, os pais não devem entrar no mesmo circuito reativo. Isso só vai pôr mais lenha na fogueira", afirma.
Se, ao contrário, você conseguir manter uma boa atitude cada vez que um novo acesso de fúria da criança acontecer, terá boas chances de ajudá-la a programar seu cérebro para ficar mais calma também a longo prazo. Afinal, pesquisas revelaram que o cérebro é plástico, moldável. Ou seja: as dicas aqui valem para os momentos de birra, mas poderão surtir efeitos positivos durante todo o resto da vida da criança.

Sobrevivendo ao shopping

Distrair a atenção é melhor do que prometer para depois

Eu quero agora

As compras mal começaram e a cada novo corredor a criança pede algo que você não está disposto a comprar. Começa então um berreiro de enormes proporções.

Depois não

Como a criança tem limitada a atividade no hemisfério esquerdo do cérebro, que cuida da percepção de tempo, não vai adiantar prometer para depois.


Ah, o outro...!

O melhor nesse momento é atrair a atenção da criança para outra coisa, como para aquele ursinho que você trouxe na bolsa e que ela já não via há algum tempo.

Ponha a birra para correr

A atividade física evita que o mecanismo da birra seja ativado
Sob estresse, o cérebro da criança bloqueia as conexões da parte inferior com a superior. Isso impede a criança de recorrer ao neocórtex para controlar suas emoções quando é contrariada. É aí que começa a explosão de raiva.
Ao perceber que uma dessas crises se aproxima, coloque a criança para se movimentar. Vale brincar com um balão ou apostar corrida no jardim. A atividade física dispara a produção de neurotransmissores associados ao bem-estar, que evitam que os hormônios do estresse assumam o comando.

Para acabar com a crise

Ajude o bebê a ser mais racional
Seja carinhoso
Abaixe-se à altura da criança e, com tom de voz carinhoso, tente traduzir em palavras os sentimentos que a própria criança não consegue descrever.
Imponha limites
Só então ajude-a pensar na situação, explicando o que está errado e mostrando limites. "Você ficou chateado, mas não pode morder os amigos. Dói."

Para saber mais 
The Whole Brain Child
Daniel J. Siegel, The Random House, 2011
Fonte: Super Interessante, outubro de 2012.
Colaboração: Perfil do FacebooK da Rede Não Bata Eduque, em 1 de fevereiro de 2014.

10 de fev. de 2014

Menino faz xixi na cama e pai o deixa de castigo sem roupas no meio da rua

Garoto de cinco anos ficou sentado no asfalto em Praia Grande, SP.
Criança ficou nua no meio da rua ao lado do colchão até que ele secasse.

LG RodriguesDo G1 Santos

Menino foi deixado fora de casa após fazer xixi na cama em Praia Grande (Foto: VC no G1)Menino foi deixado fora de casa após fazer xixi na
cama em Praia Grande (Foto: G1)
Moradores do bairro Vila Mirim, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, ligaram para a Polícia Militar e para o Conselho Tutelar para denunciar maus-tratos contra uma criança. De acordo com as denúncias, um homem colocou o filho, um garoto de cinco anos de idade, de castigo após o menino ter urinado no colchão durante a noite. A criança ficou nua no meio da rua, ao lado do colchão urinado, até que o mesmo secasse no sol. Na hora do incidente, a sensação térmica em Praia Grande estava acima dos 40º C, segundo a Base Aérea de Santos.
Uma vizinha, que preferiu não se identificar, afirma que o pai das crianças as agride fisicamente e verbalmente. “Ele tem quatro filhos pequenos e a esposa está grávida. Esse menininho ficou de castigo, no calor, totalmente pelado. Ele tentava cobrir as partes intimas constrangido”, afirma.
Ela diz que os vizinhos, revoltados com a situação, tentaram ligar para a Polícia Militar e Guarda Municipal, que acionou o Conselho Tutelar. “Um rapaz do conselho chegou na residência, porém o pai já tinha mandado o filho voltar para dentro de casa. Após alguns minutos, o rapaz do Conselho Tutelar saiu da residência e foi embora”, diz.
De acordo com a vizinha, o garoto ficou por mais de três horas no sol ao lado do colchão e pedia por água para o pai. “Ele ficou com o bumbum no chão quente durante várias horas. Nós tentamos nos aproximar e falar com ele, porém ele dizia que o pai o tinha proibido de falar o que estava acontecendo para os outros”, declara.
O conselheiro tutelar Fabio Meneghelo foi até o local após receber um chamado da Guarda Municipal. Ele conta que conversou com os pais do garoto. "A mãe realmente afirmou que colocou o colchão no sol e, depois, fechou o portão deixando o garoto do lado de fora de castigo. Conversei com ela e aconselhei que as crianças passem o dia em praias, porém sempre com proteção e que essa não era uma maneira correta de castigar a criança", conclui.
Conselho tutelar foi acionado para verificar a situação da criança em Praia Grande (Foto: VC no G1)Conselho tutelar foi acionado para verificar a situação da criança em Praia Grande (Foto: G1)Fonte: G1, Globo. 2014. Disponível em:< http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/02/menino-faz-xixi-na-cama-e-pai-o-deixa-de-castigo-pelado-no-meio-da-rua.html>. Acesso em: 10 fev. 2014.