28 de ago. de 2011

AVENTURA DE VIVER, CONVIVER E APRENDER COM AS CRIANÇA





Experiência de estágio com crianças de dois a três anos de idade
Jorge Sousa* 

              O texto “aventura de viver, conviver e aprender com as crianças” relata a experiência e convivência de estágio de Cristina Dias Rosa e Elisandra Silva Lopes, com crianças de dois a três anos de idade no maternal I. O grupo do maternal reunia 17 crianças: sete meninos e dez meninas.
              No primeiro dia elas não sabiam como interagir com as crianças, assim como eu, no primeiro dia de estágio no berçário. Segundo elas com o passar dos dias foram percebendo que os pequeninos gostavam muito de brincar. Normalmente brincadeiras que estava relacionado ao mundo do faz-de-conta, bruxas e lobos-maus. Elas brincavam também de carrinho, de cantar “Parabéns”, de falar ao telefone, de casinha, de cavalinho, de pular, dançar, “contar” e ouvir histórias.
              Para a construção do texto e para elaboração do projeto de estágio, Rosa e Lopes, tiveram como apoio o projeto de estágio “Viajando por território desconhecido: Criado e recriando possibilidades na creche”, elaborado pelo grupo de dez estagiárias que estava na creche Nossa Senhora Aparecida, no bairro pantanal, em Florianópolis.
              Com base nesse projeto coletivo de estágio, as estagiárias elaboraram o projeto “Descobrindo e redescobrindo caminho no grupo do Maternal I”, nele elas tiveram como metas experimentar e analisar o trabalho em pequenos grupos, rever a organização do espaço e criar/ampliar possibilidades para as crianças vivenciarem as múltiplas linguagens. 
              Rosa e Lopes relatam que o trabalho com pequenos grupos não correu como elas planejaram, por falta de experiência, mas com o passar dos dias elas foram avaliando e planejando como realizar atividades de pequenos grupos em outros momentos principalmente no horário do parque, essa mudança foi bastante positiva. Assim elas começaram a desenvolver atividades com papel, água, argila, garrafas pets, e elemento que envolve fogo e ar.
              Para analisar alguns aspectos do trabalho em pequenos grupos, elas usaram de embasamento teórico e observação, assim puderam perceber o desenvolvimento de cada um dos alunos nas atividades propostas por elas. E segundo elas o olhar estava mais voltado para o processo do que para o resultado.
             
Essa maneira de conceber o trabalho pedagógico dentro de uma instituição de educação Infantil nos permitiu, durante todo o processo de convivência com o grupo de crianças, estar mais atentas aos seus movimentos, percebendo suas falas, seus gestos, suas interações, seus desejos, seus olhares, suas conclusões. (Rosa e Lopes 2009, p. 56)

              Diante de tudo isso, acredito que o professor tem um papel fundamental na formação da criança, servindo como guia nesse processo e um parceiro mais experiente. Pois seu papel é muito mais do que falar, seu papel é ouvir e observar as estratégias que os pequenos utilizam, qualificando, dessa as experiências vividas por eles.
              Portanto, é importante nesse processo de formação da criança que o educador observe, e registre/documente, planeje as atividades, esses são instrumentos indispensáveis para o educador. Assim, o educador vai perceber a necessidade de cada uma das crianças, e vai pensar na melhor maneira de auxiliar em sua necessidade.
              É também cabe aos educadores reconhecer a importância que existe na forma de expressão dos pequenos, valoriza cada gesto, cada sorriso, cada, choro, bem como sabendo ouvir suas falas, perguntas, suas descobertas. E perceber que brincando, a criança aprende a ser humana, solidárias, aprenda viver, a sonhar, a imaginar, a ter autonomia e a construir conhecimento sobre o mundo à sua volta.
              E para Oliveira (1993) especificamente na brincadeira faz-de-conta, a criança é levada a agir num universo imaginário; no entanto, ela busca elementos em sua realidade vivida. (apud Rosa e Lopes 2009, p. 63). Essa é outra forma bem particular de reconhecer a criança e seus interesses. E elas ressalta que o espaço e a forma como os educadores, o concebe e organiza está ligado a questão dos pequenos grupos.
              Enfim, a leitura desse texto foi relevante para mim, pois amplia e enriquece minhas experiências que estou vivenciando com as crianças no campo de estágio, assim ficarei mais atento aos movimentos de cada uma delas, percebendo seus gestos e desenvolvimento em grupo.

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 *Acadêmico do 3º Ano do Curso de Pedagogia, da Universidade Estadual de Goiás, unidade universitária de Inhumas. 

Referência


ROSA, Cristina Dias e Lopes, Elisandra Silva. Aventura de viver, conviver e aprender com as crianças. In: Ostetto, Luciana Esmeralda (org.). Educação infantil: saberes e fazeres da formação de professores. Campinas, SP: Papirus, 2008, p.49-68.




26 de ago. de 2011

Veja que absurdo!


No Mato Grosso do Sul, crianças e adolescentes participam de casa do sexo


Mais Você desta sexta-feira, 26 de agosto, abordou um tema que preocupa muitos pais em todo o Brasil: o consumo de drogas e a prática sexual precoce. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, crianças e adolescentes se reuniam em uma casa para consumir drogas, beber e praticar sexo. O caso foi denunciado pela mãe de uma menina de doze anos que participava dos encontros. O grupo se autodenominava "Congresso do Bulimento". 

Fonte:
http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1671124-18172,00.html

21 de ago. de 2011

PEDAÇOS DE AMIZADE



"Amizades são feitas de pedacinhos. Pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa. Não importa a quantidade de tempo que passamos com cada amigo, mas a qualidade do tempo que vivemos com cada pessoa. Cinco minutos podem ter uma importância muito maior do que um dia inteiro.
Assim, há amizades que são feitas de risos e dores compartilhados; outras de escola; outras de saídas, cinemas, diversões; há ainda aquelas que nascem e a gente nem sabe de quê, mas que estão presentes.
Talvez essas sejam feitas de silêncios compreendidos ou de simpatia mútua sem explicação.
Hoje em dia, muitas amizades são feitas só de e-mails e essas não são menos importantes.
São as famosas "amizades virtuais." Diferentes até, mas não menos importantes.
Aprendemos a amar as pessoas sem que possamos julgá-las pela sua aparência ou modo de ser, sem que possamos (e fazemos isso inconscientemente às vezes) etiquetá-las.
[...]
E eu digo que é o tempo que ganhamos com cada amigo que faz cada amigo tão importante. Porque tempo gasto com amigos é tempo ganho, aproveitado, lembranças para cinco minutos depois ou anos até.
Um amigo se torna importante pra nós, e nós para ele, quando somos capazes, mesmo na sua ausência, de rir ou chorar, de sentir saudade e nesse instante trazer o outro bem pertinho da gente.
Dessa forma, podemos ter vários melhores amigos de diferentes maneiras.
O importante é saber aproveitar o máximo cada minuto vivido e ter depois no baú das recordações horas para passar com os amigos, mesmo quando estes estiverem longe dos nossos olhos." (Letícia Thompson)

20 de ago. de 2011

As Melhores Coisas do Mundo



  
Título original: (As Melhores Coisas do Mundo)
Lançamento: 2010 (Brasil)
Direção: Laís Bodanzky
Atores: Francisco Miguez, Fiuk, Denise Fraga, Zé Carlos Machado.
Duração: 107 min
Gênero: Drama
Status: Arquivado
As Melhores Coisas do Mundo - Cartaz

Sinopse

Mano (Francisco Miguez) é um adolescente de 15 anos. Ele está aprendendo a tocar guitarra com Marcelo (Paulo Vilhena), pois deseja chamar a atenção de uma garota. Seus pais, Camila (Denise Fraga) e Horácio (Zé Carlos Machado), estão se separando, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro (Fiuk). Sua melhor amiga e confidente é Carol (Gabriela Rocha), que está apaixonada pelo professor Artur (Caio Blat). Em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e também sérios, típicos da adolescência nos dias atuais.

Projeto de Lei 7672/2010 - artigo da Juiza Delvan Tavares




Palmada 


"A partir do projeto de lei, encaminhado pelo Executivo Federal ao Congresso Nacional, propondo a abolição de qualquer tipo de violência a crianças e adolescentes, veio à luz a importante discussão quanto à necessidade ou não de se bater em crianças, como forma de educá-las ou de reprimir comportamentos indesejados.

Muito já se disse a respeito do tema, tanto com argumentos favoráveis, como com argumentos contrários. Entretanto, salvo melhor entendimento, a questão ainda não foi tratada sob sua verdadeira e necessária perspectiva.

Pessoas que se posicionam favoravelmente, normalmente argumentam que bater em criança (palmadas, cintadas, chineladas etc.) não causa qualquer tipo de prejuízo psicológico e que não distancia os filhos de seus pais, de modo que filhos que apanham continuam amando seus pais, muitas vezes até mais intensamente do que aqueles que nunca apanharam.

Outras, ao revés, que se postam contrários à medida (bater em crianças) normalmente argumentam que a surra deixa traumas irreversíveis e pode torná-las pessoas violentas quando adultas.

A mim me parece que esses argumentos e outros semelhantes são relevantes e que são dignos de debates, todavia não são argumentos centrais ou fundamentais do tema, mesmo porque existirão, sim, crianças que, mesmo apanhando de seus pais, ainda que submetidas a surras homéricas, as chamadas “surras conversadas”, continuarão amando-os profundamente e ser-lhe-ão gratas para o resto da vida. Assim como existirão crianças que nunca sofreram um só beliscão e que desenvolvem comportamentos extremamente agressivos e armazenarão traumas incuráveis para o resto da vida.

O ponto fundamental parecer ser outro: bater em crianças é um ato necessário como instrumento educativo ou de correção de condutas reprováveis ou de prevenção a comportamentos indesejáveis?

A pergunta ganha relevo quando se pergunta por que os pais batem em seus filhos. Na quase totalidade das vezes os pais batem nos filhos porque estão com raiva, ou por vingança, porque não possuem instrumentos (como o bom argumento, ou a produtiva conversa) de repreensão, porque estão passando por problemas de relacionamento, psicológico, financeiro etc. etc. Quanto maior a surra, maior o desequilíbrio emocional. Então, conclui-se, com certa facilidade, que quase sempre os filhos apanham por desequilíbrio emocional dos pais e não propriamente porque a surra (palmadas, cintadas, chineladas, “cascudos”, etc.) está sendo utilizada racionalmente como um instrumento educativo.

Se a agressão não é necessária, por que bater?

Fica apenas o registro de que, muito mais eficaz do que bater (que parece não ter eficácia nenhuma), é educar com limites. A criança que é acostumada a limites desde a tenra idade, não precisa apanhar para comportar-se adequadamente e certamente será uma criança feliz e um adulto consciente de seus deveres, sem traumas decorrentes deste tipo de ação e sem motivo para não amar profundamente e ser eternamente grato aos seus pais pela educação que recebeu."

Delvan Tavares – Juiz da Vara da Infância e da Juventude de Imperatriz-MA.

Fonte: O Parquet: um espaço para divulgação de idéias e suas conseqüência em 6 de agosto de 2011.
 

(Fonte: Blog Educar Sem Violência- Cida Alves) amo esse blog..

19 de ago. de 2011

Ana recebe mãe de jovem que teve a morte encomendada pelo pai para não pagar pensão


Ana recebe mãe de jovem que teve a morte encomendada pelo pai para não pagar pensão


Ketlin de Jesus Bortoloso teve a morte encomendada pelo pai. Ele pagou R$500 para um bandido tirar a vida da filha e, com isso, se livrar da pensão. No Mais Você desta quarta-feira, 17 de agosto, Ana Maria Braga falou sobre o assunto. Ela recebeu a mãe da jovem, Ana Ribeiro de Jesus, que relatou a crueldade do crime.

A apresentadora recebeu Ana Ribeiro com um abraço. A mulher contou que a filha era muito dedicada aos esportes. “Ela morava com o irmão dela, mas eu sempre ligava, antes dela ir trabalhar, antes da gente almoçar, a gente era ligada”, relatou a mãe.

Advogada Ivone Zeger tiras dúvidas sobre pensão alimentícia
O programa explicou como aconteceu a história. O pai mentiu para a filha que iria ensiná-la a dirigir. O atirador contratado para matar Ketlin não teve coragem de continuar com o crime e o pai, Genoir, deu continuidade à crueldade. Em 2009, Genoir já havia contratado o mesmo atirador, que atingiu Ketlin nas pernas. “Naquela época, eu desconfiava que, por causa dele, eles tinham levado os tiro”, contou a mãe. 

Fonte: Mais Você
http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1670312-10345,00.html

13 de ago. de 2011


Crianças que passam por situações traumáticas têm maior risco de desenvolver doenças crônicas quando adultas, mostra pesquisa


Crianças que foram abusadas, perderam um dos pais ou sofreram outras dificuldades, como abuso de drogas por um dos responsáveis em casa, podem ter maior risco de desenvolver doenças crônicas na vida futura, sugere um novo estudo. A pesquisa, com mais de 18 mil adultos de dez países, descobriu que aqueles que dizem ter enfrentado adversidades na infância tinham grande chances de desenvolver inúmeros problemas, como artrite, asma, diabetes e dor nas costas crônica, ou dor de cabeça.

Veja reportagem completa AQUI


Contribuição da jornalista Eleonora Ramos, Salvador BA. 

(Conteúdo posta aqui, pertence ao Blog Educar Sem Violência- Cida Alves)

7 de ago. de 2011

Eu sei, mas não devia - Marina Colasanti




Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Enviado por Leila Oliveira, professora da rede municipal de educação e mestranda do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Educação - UFG, em 04 de agosto de 2011.

(Conteúdo postado pertence ao blog Educar sem violência, Cida Alves)

1 de ago. de 2011

"DESCOBRINDO O MUNDO ENCANTADO" DA EDUCAÇÃO INFANTIL: PRÉ-PROJETO

TÍTULO: Leitura, Aprendizagem, Sonho e Magia.


TEMA: Conotação
de histórias e formação de valores na Educação Infantil. ..."