Experiência de estágio com crianças de dois a três
anos de idade
O
texto “aventura de viver, conviver e aprender com as crianças” relata a
experiência e convivência de estágio de Cristina Dias Rosa e Elisandra Silva
Lopes, com crianças de dois a três anos de idade no maternal I. O grupo do
maternal reunia 17 crianças: sete meninos e dez meninas.
No
primeiro dia elas não sabiam como interagir com as crianças, assim como eu, no
primeiro dia de estágio no berçário. Segundo elas com o passar dos dias foram percebendo
que os pequeninos gostavam muito de brincar. Normalmente brincadeiras que
estava relacionado ao mundo do faz-de-conta, bruxas e lobos-maus. Elas brincavam
também de carrinho, de cantar “Parabéns”, de falar ao telefone, de casinha, de
cavalinho, de pular, dançar, “contar” e ouvir histórias.
Para a construção do texto e para elaboração do projeto de estágio, Rosa
e Lopes, tiveram como apoio o projeto de estágio “Viajando por território
desconhecido: Criado e recriando possibilidades na creche”, elaborado pelo
grupo de dez estagiárias que estava na creche Nossa Senhora Aparecida, no
bairro pantanal, em Florianópolis.
Com base nesse projeto coletivo de estágio, as estagiárias elaboraram o
projeto “Descobrindo e redescobrindo caminho no grupo do Maternal I”, nele elas
tiveram como metas experimentar e analisar o trabalho em pequenos grupos, rever
a organização do espaço e criar/ampliar possibilidades para as crianças
vivenciarem as múltiplas linguagens.
Rosa
e Lopes relatam que o trabalho com pequenos grupos não correu como elas
planejaram, por falta de experiência, mas com o passar dos dias elas foram
avaliando e planejando como realizar atividades de pequenos grupos em outros
momentos principalmente no horário do parque, essa mudança foi bastante
positiva. Assim elas começaram a desenvolver atividades com papel, água, argila,
garrafas pets, e elemento que envolve fogo e ar.
Para
analisar alguns aspectos do trabalho em pequenos grupos, elas usaram de
embasamento teórico e observação, assim puderam perceber o desenvolvimento de
cada um dos alunos nas atividades propostas por elas. E segundo elas o olhar
estava mais voltado para o processo do que para o resultado.
Essa
maneira de conceber o trabalho pedagógico dentro de uma instituição de educação
Infantil nos permitiu, durante todo o processo de convivência com o grupo de
crianças, estar mais atentas aos seus movimentos, percebendo suas falas, seus
gestos, suas interações, seus desejos, seus olhares, suas conclusões. (Rosa e
Lopes 2009, p. 56)
Diante
de tudo isso, acredito que o professor tem um papel fundamental na formação da
criança, servindo como guia nesse processo e um parceiro mais experiente. Pois
seu papel é muito mais do que falar, seu papel é ouvir e observar as
estratégias que os pequenos utilizam, qualificando, dessa as experiências
vividas por eles.
Portanto,
é importante nesse processo de formação da criança que o educador observe, e
registre/documente, planeje as atividades, esses são instrumentos
indispensáveis para o educador. Assim, o educador vai perceber a necessidade de
cada uma das crianças, e vai pensar na melhor maneira de auxiliar em sua necessidade.
É
também cabe aos educadores reconhecer a importância que existe na forma de
expressão dos pequenos, valoriza cada gesto, cada sorriso, cada, choro, bem
como sabendo ouvir suas falas, perguntas, suas descobertas. E perceber que
brincando, a criança aprende a ser humana, solidárias, aprenda viver, a sonhar,
a imaginar, a ter autonomia e a construir conhecimento sobre o mundo à sua
volta.
E
para Oliveira (1993) especificamente na brincadeira faz-de-conta, a criança é
levada a agir num universo imaginário; no entanto, ela busca elementos em sua
realidade vivida. (apud Rosa e Lopes 2009, p. 63). Essa é outra forma bem
particular de reconhecer a criança e seus interesses. E elas ressalta que o
espaço e a forma como os educadores, o concebe e organiza está ligado a questão
dos pequenos grupos.
Enfim, a leitura desse texto foi relevante para mim, pois amplia e
enriquece minhas experiências que estou vivenciando com as crianças no campo de
estágio, assim ficarei mais atento aos movimentos de cada uma delas, percebendo
seus gestos e desenvolvimento em grupo.
Referência
ROSA,
Cristina Dias e Lopes, Elisandra Silva. Aventura de viver, conviver e aprender
com as crianças. In: Ostetto, Luciana Esmeralda (org.). Educação infantil: saberes e fazeres da formação de professores.
Campinas, SP: Papirus, 2008, p.49-68.