15 de fev. de 2014

Mãe pede ajuda para o tratamento do filho de 3 anos que tem autismo

Família não tem condição de pagar terapia, pois vive com um salário mínimo.
Dona de casa teme que filho se isole: 'Não tem contato com outras crianças'.

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
dona de casa Joana Darlí luta para conseguir tratamento médico para o filho Wesley Victor Damaceno Dias, de 3 anos, diagnosticado com autismo, síndrome que afeta a interação social e o comportamento. Moradora de Porangatu, no norte do estado, ela diz que não tem condição de pagar pela terapia, pois a família sobrevive com o que o marido recebe, cerca de um salário mínimo por mês.
“Eu não estou conseguindo umafonoaudióloga e uma pedagoga para acompanhar o caso dele. Já fui à Secretaria Municipal de Saúde e à Secretaria Municipal da Educação e não estou conseguindo. Não sei mais o que eu faço”, desabafou Joana.
Em Porangatu, não existe nenhum Centro de Atenção Psicosocial (Caps) para realizar o acompanhamento das crianças com autismo. Quando o município não tem essa estrutura, cabe à rede de educação auxiliar na readaptação de quem sofre do distúrbio.

Sem acompanhamento especializado, a mãe teme que o filho se isole cada vez mais. “Ele não tem contato com outras crianças. Se tiver uma janela aberta, ele tem que acender a luz, ele não para de girar, é nervoso”, relatou Joana.Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Porangatu informou que Wesley não recebiaatendimento especializado porque só agora a instituição recebeu o laudo afirmando que a criança é autista. Segundo a nota, quando a greve dos funcionários administrativos acabar, Wesley será acompanhado fora da escola por uma psicóloga e uma psicopedagoga. A prefeitura informou ainda que não há fonoaudiólogo na rede pública de saúde.

Autismo
De acordo com especialistas, pesquisas recentes apontam que a cada 100 crianças, uma pode ter autismo, que se manifesta até os três anos de idade. Para a psicóloga Cassilda Fernandes, é necessário que o autista continue se relacionando socialmente.

“O autismo não tem cura, o paciente passa por um processo de readaptação. A partir do momento que ele começa a se readaptar com a família e amigos, isso contribui para o desenvolvimento da pessoa”, explicou a psicóloga.
Para estimular esse convívio social, os especialistas aconselham que a criança deve ser incentivada a estudar, o que propicia interação com outras pessoas. A medida evita que o autista se isole na realidade que cria em sua mente.
Família não tem condições financeiras de pagar tratamento que menino precisa, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Família não tem condições de pagar tratamento que menino precisa(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Fonte: G1 GO. Acesso em: 15 fev. 2014

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