22 de jul. de 2011

Você sabe a diferença entre tristeza e depressão? Confira as orientações do Mais Você


Você sabe a diferença entre tristeza e depressão? Confira as orientações do Mais Você

É cada vez mais comum a gente ouvir alguém dizer que está deprimido. Mas como saber se aquele sentimento é só tristeza ou realmente depressão? Movido por esta questão, oMais Você desta quinta-feira, 21 de julho, abordou o tema. Ana Maria Braga conversou com a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa.

“Para começar, eu vou te mostrar a história de duas mulheres aqui do Rio de Janeiro que passaram por momentos muito difíceis. A Sandra teve que enfrentar a perda de dois filhos e a Irenice foi demitida do emprego que era a vida dela. O que elas não sabem é se têm depressão ou tristeza”, contou Ana Maria Braga, mostrando uma matéria sobre a vida das duas mulheres.

Irenice desabafou: “Vem insônia, você não dorme. Eu não gosto da noite. Eu sempre trabalhei em dois ou três empregos, não dormia, cochilava”. “Comecei a fazer esporte, caminhar, acessar o computador, a sair mais”, relatou Irenice. Ela conheceu um marroquino pela internet e vai se casar com ele. “O amor me tirou da tristeza”, confessou.

Depressão
Sandra, por sua vez, disse que os dois filhos tinham a Síndrome de Crouzon. Ela perdeu os dois. “Eu emagreci 13 quilos”, contou. “As pessoas que convivem contigo precisam estar atentas e ver que depressão não é frescura, é doença e tem cura”, declarou.

Em seguida, Ana Beatriz Barbosa, na companhia de Ana Maria Braga, comentou sobre o assunto. A doutora explicou que, no caso de Irenice, podemos ver o clássico caso de tristeza, que se configura em uma situação pontual. “Ela perde o emprego, perde um parente, perde um funcionamento habitual. Ela é uma pessoa extremamente ativa, trabalhava, os filhos saem de casa, e depois que ela se aposenta, não sabe mais o que fazer. Então, ela tem que se readaptar”, discorreu a médica. "O desafio de superar os obstáculos está dentro de nossa mente, de nossa história”, ressaltou a psiquiatra.

Ana Beatriz ainda explicou as reações normais quando se perde uma mãe, por exemplo. Ela disse que, neste caso, a pessoa passa a se acostumar com a perda após três meses. A psiquiatra ainda explicou como é o processo de tristeza quando há perda de emprego.

Combate à depressão
Sobre a depressão, a doutora alertou: “Existem pessoas que podem deprimir independentemente de ser geneticamente. Isso vai depender do tempo e da intensidade do esgotamento. Ninguém deprime de um desgaste, de uma relação dolorosa, de uma perda dolorosa, em menos de dois anos. Por isso, quando uma pessoa passa por um estresse crônico, ela deve ser observada”.

“Na depressão, você já está adoecida, você tem uma insônia terminal, ou seja, você se deita e dorme, depois de um tempo você acorda como se alguém estivesse te acordando e não dorme até de manhã. A depressão é pior de manhã. Você tem perda de interesse pelo que você tinha antes, você começa a ter uma dor crônica, a pessoa começa também a ter uma sensação de culpa em relação a tudo. Tem que procurar ajuda nos dois casos. Tanto na tristeza, como na depressão, a reinvenção é a solução”, finalizou Ana Beatriz.

Fonte:http://maisvoce.globo.com/MaisVoce/0,,MUL1667973-18172,00.html

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