Jorge Silva Sousa*
“[...] a arte de ler
oralmente e de contar histórias. As histórias refletem a expressão artística e
o imaginário de uma pessoa, uma comunidade ou um povo. Assim, ler e contar oral
e expressivamente são artes próximas do teatro”. (Elias José)
Segundo o autor a arte de
contar História é tão antiga quanto o homem, e ainda hoje é pouco trabalha nas
escolas, por isso seria interessante que as escolas abrissem suas portas, deixar
entrar nelas programas e muitas histórias, lida e contadas. Pois, “pela palavra
falada e pelo poder da narrativa, estimulamos uma educação dialógica, lírica,
poética e lúdica. As Histórias deixam de ser patrimônio pessoal de quem lê ou
conta e de quem ouve; passa a ser patrimônio cultural da humanidade” (p. 57). Ouvir
e contar história são envolventes e saudáveis para nossa vida. Por isso é
importante colocar em prática.
Acredito que há várias
formas de ouvir e contar histórias, todas muitas importantes, sendo a arte de
ouvir uma das mais importantes, porque do ouvido, surge o interesse das
crianças pelas histórias escritas. E a partir desse interesse ela começa e
aventura pelo mundo da leitura e da escrita. “A narrativa é uma arte que
diverte, educar, ensina, desperta a criança para o espírito ético, para a
verdadeira cidadania e, sobretudo, estimula a leitura literária. Mas tudo isso
acontece de forma indireta, simbólica, num tom didático e discursivo” (p. 60). Por
isso a história criada pelo homem tem o poder mágico de liga à pessoa pelo fio
da narrativa. Numa história o homem sai da realidade, sorrir e imagina coisas
possíveis e apenas vividas nos sonhos, na fantasia, na poesia e na ficção.
Contar ou ler e ouvir
histórias são formas de criar um espaço e um tempo imaginários, integradores.
Somos todos iguais, envolvidos e contaminados pelas tramas, ações e reações e
jeito de ser das personagens, pelos lugares onde os fatos se passam e pelas
palavras e outros recursos narrativos de quem lê ou conta... (p. 62)
Portanto, as histórias
contadas para as crianças devem levar a magia, enriquecer, motivar
criativamente, culturalmente e afetivamente. Motiva o imaginário e despertam o
prazer de ler e de ouvir.
Referência
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e
encantar crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007.
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