Jorge Silva Sousa
“Feliz
a criança que foi embalada pela mãe ao som de um acalanto. O som da melodia e a
beleza dos versos tão simples e graciosos nos ouvidos, para todo sempre” (Elias
José)
Tradicionalmente, muitas
pessoas ainda têm uma visão distorcida em relação às cantigas de folclore e da
literatura infantil. Muitos acreditam que com as cantigas e as histórias que
contamos para as crianças, são violentas e provoca medo e tortura. Mas segundo (Elias José, 2007, p. 28),
Não conheço ninguém
que tenha sido prejudicado, que tenha tido uma infância infeliz por culpa de
qualquer cantiga ou história. O contrário se vê a todo instante. Crianças que
não tiveram o carinho da mãe e seu acalento, que têm apenas o barulho da rua
como a sua música de embalar. A voz da mãe é pura certeza de paz. O aconchego
do seu corpo é pura segurança.
Ao contrário, a literatura,
em prosa ou em verso, tem o poder de, brincando com a violência e com o medo,
banalizá-los. Muitas crianças superar o medo através da musicalidade das
palavras, das cantigas de ninar, travas populares, trava-línguas, ciranda e
parlendas são formas poéticas que adoçam a infância de qualquer criança.
Penso como fazem
falta às crianças de hoje as cirandas: mão dadas, corpos próximos, vozes
cantadas no mesmo ritmo melódico, a animação que só o espírito infantil
consegue, o riso com um pouco de maldade quando alguém se recusa a ser o par do
que está na roda, a felicidade dos movimentos de ir e vir. (Elias José, 2007,
p. 28)
Atualmente, essas brincadeiras,
o contato físico vem sendo substituído pela televisão, internet, celular, enfim
pela tecnologia. Por isso faz-se necessário que pais e professores abram os
olhos para a importância das brincadeiras, das cantigas de ninar, das histórias
e da literatura infantil para a vida das crianças e jovens. Pois através delas
a criança faz uma viagem de sonho e de puro encantamento. Portanto, o autor
enfatiza a importância de compras livros para as crianças desde infância, “o
livro infantil é o ponto de partida para um imaginário bem estimulado”
Referência
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e
encantar crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007.
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