Jorge Silva Sousa*
O homem primitivo foi um dos
primeiros a presta atenção, aos sons do mundo, e começou a dar importante a
eles, com o passar do tempo a musicalidade e o ritmo da prosa e da poesia
faziam parte do seu ser e viver e o encantava, assim cada vez mais o homem começou
a presta atenção nos sons do mundo. Assim, o “contar e cantar
passaram a ser a formas de bem viver e reviver, de marcar o ser e estar no
mundo e deixar lembranças vivas na memória do outro” (p. 48).
E com o passar dos anos
graças à inteligência do homem, se desenvolveu e desenvolve, cria nova formas
de expressar o seu conto e o seu canto, a sua sensibilidade. “O homem passou a
dançar, representar, desenhar, escrever, publicar livros e jornais, cantar e
gravar a voz em disco e filmes” (p. 49). Ou seja, aperfeiçoa-se com o tempo.
Elias José fala da
importância do contar e reconta histórias, “feliz da criança que teve pais,
avós ou babás que enriqueceram o seu imaginário com muitas histórias, varando,
virando e transformando o mundo pelo poder mágico da ficção”. (p. 49). Falam
também da tristeza da criança de hoje, “que precisa se contentar com as histórias
cantadas ou contadas pela televisão. Histórias mais cínicas e perversas [...],
interessada mais em vender produto do que em oferecer prazer e magia” (p. 49).
Segundo Elias José ninguém nasce
do nada, um escrito, por exemplo, precisa de uma história para tecer a trama de
muitas outras histórias. Um poeta-cantor não nasce do nada. Precisa tem ouvir e
compreender, para construir seus ritmos, cantos e poemas. Enfim, não importa
saber se o homem nasce cantando ou cantado. O importante é saber o que a poesia
e a prosa significa em nossa vida. E como estamos passando essa importância
para a vida das crianças. Pois a criança que ouve e conta história têm uma mais
lúdica e infância feliz.
Referência
JOSÉ, Elias. Literatura infantil: ler, contar e
encantar crianças. Porto Alegre: Mediação, 2007.
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